O boletim focus dessa semana apresentou: queda no IPCA de 2012 para 5,17%, e manteve 5,60% para 2013 (ambos acima da meta de 4,5%); taxa de câmbio (fim do período) subiu para 1,90% 2012, e manteve 1,85% 2013; meta selic (fim do período) manteve 8,0% 2012, e 9,5% 2013; e crescimento do PIB queda para 2,99% para 2012, e manteve 4,5% para 2013.
Nota-se que o mercado está considerando que as medidas do Governo para incentivar a demanda não surtirão efeito no PIB. Mas qual será o efeito na inadimplência?
segunda-feira, 28 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
Globo News Painel - Governo anuncia série de medidas para incentivar o consumo e acelerar crescimento
Distutiram as medidas adotadas pelo governo.
Vale a pena prestar atenção aos comentários do Silber.
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/governo-anuncia-serie-de-medidas-para-incentivar-o-consumo-e-acelerar-crescimento/1965961/
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/convidados-avaliam-a-eficiencia-das-medidas-de-incentivo-ao-consumo-no-brasil/1965934/
Vale a pena prestar atenção aos comentários do Silber.
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/governo-anuncia-serie-de-medidas-para-incentivar-o-consumo-e-acelerar-crescimento/1965961/
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-painel/videos/t/todos-os-videos/v/convidados-avaliam-a-eficiencia-das-medidas-de-incentivo-ao-consumo-no-brasil/1965934/
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Entrevista Arminio Fraga - Globo News
Quem ainda não assistiu deve assistir. Breve relato da conjuntura da crise da europa, Brasil etc.
http://g1.globo.com/globo-news/miriam-leitao/videos/t/todos-os-videos/v/ex-presidente-do-bc-fala-sobre-os-efeitos-da-crise-internacional-na-economia-brasileira/1962993/
Aguns pontos que considerei importantes da entrevista:
* Brasil somente está preocupado com a demanda agregada!!! Enquanto o mundo está olhando para a demanda e para a oferta, até mesmo o Socialista Hollande.
*Moderado nos comentários sobre a política do Bacen. Diz que o Banco ainda segue algum tipo de metas de inflação e que o câmbio é flutuante. Será?
http://g1.globo.com/globo-news/miriam-leitao/videos/t/todos-os-videos/v/ex-presidente-do-bc-fala-sobre-os-efeitos-da-crise-internacional-na-economia-brasileira/1962993/
Aguns pontos que considerei importantes da entrevista:
* Brasil somente está preocupado com a demanda agregada!!! Enquanto o mundo está olhando para a demanda e para a oferta, até mesmo o Socialista Hollande.
*Moderado nos comentários sobre a política do Bacen. Diz que o Banco ainda segue algum tipo de metas de inflação e que o câmbio é flutuante. Será?
O imediatismo dos pacotes (Por Márcio G. P. Garcia)
"Primum non nocere" é princípio básico da ética médica, segundo o
qual o médico deve avaliar, antes de tomar qualquer atitude, se sua ação
poderá prejudicar mais o doente do que se nada fosse feito. Tal
ensinamento aplica-se a várias outras áreas, inclusive à economia.
Infelizmente, não vem encontrando o devido eco na condução da política
econômica brasileira recente. A desaceleração mais forte da economia vem
suscitando uma sucessão de "pacotes" de estímulo econômicos, cada vez
mais patéticos.
Tais pacotes advêm de um diagnóstico comum: falta demanda. E
prescrevem doses crescentes dos mesmos remédios: subsídios ao crédito e
desonerações tributárias, sempre focalizados em poucos produtos e
setores, escolhidos por critérios obscuros. Frequentemente, têm sido
também criadas barreiras a produtos importados que competem com a
produção de setores com lobby mais forte em Brasília, notadamente o
automobilístico.
De fato, a economia brasileira ora passa por um momento de
arrefecimento da demanda, e é função da política econômica suavizar, na
medida do possível, o ciclo econômico. No entanto, corrigir as raras e
breves ocasiões de falta de demanda não é problema que tenha ameaçado o
desempenho da economia brasileira, muito pelo contrário. Dificuldades
pelo lado da oferta, essas, sim, constituem gargalos estruturais que
vêm, há muito, prejudicando o crescimento econômico. E, com frequência,
os pacotes de estímulo à demanda, em vez de destravar a oferta e ajudar
no crescimento da produtividade da economia, representam aumento do
custo Brasil para setores não beneficiados pelas medidas governamentais.
A política econômica recente vem ficando cada vez mais parecida com
aquelas que vigoraram no período pré-Real, quando as regras eram mudadas
com grande frequência. Isso se choca frontalmente com os preceitos da
teoria econômica moderna, que têm enfatizado, cada vez mais, a
importância da manutenção de incentivos propícios ao crescimento
econômico e à prosperidade. Incentivos que só podem surtir efeito se
baseados em regras e instituições estáveis ao longo do tempo. A
instabilidade advinda da sucessão de pacotes prejudica o investimento e o
crescimento.
Um empresário racional que se defronte com dificuldades, em vez de se esforçar para reduzir custos ou investir para aumentar a produtividade, logo perceberá ser mais lucrativo juntar-se a um lobby para extrair benesses em Brasília ou na avenida Chile. Não chega a ser surpreendente que isso venha ocorrendo.
Confesso que até mesmo eu acho monótona a repetição do argumento de que as reformas estruturais (previdenciária, tributária, trabalhista) precisam voltar a ser prioridade. Mas nem mesmo o modesto projeto de limitar o crescimento real da folha salarial do setor público sai da gaveta do deputado relator, que alega que não o fará até a presidente afirmar que a medida é, de fato, prioritária.
Há indicações cada vez mais evidentes de que a política econômica carece de visão coerente de longo prazo. Por exemplo, ao justificar as decisões do recente pacote, o ministro do Desenvolvimento declarou que "o governo está conjugando medidas estruturais, como é o caso da redução sistemática da taxa de juros, com medidas conjunturais..." (Valor Econômico, 23/5/2012, pág. A3). Tal declaração contém dupla impropriedade. Primeiro, porque atribui a redução dos juros à suposta agenda de medidas estruturais do governo, enquanto deveria ser responsabilidade autônoma do BC, a se crer nas declarações da presidente Dilma e do presidente do BC. Segundo, e mais importante, porque alterações da taxa de juros são, por definição, medidas anticíclicas e, portanto, conjunturais. Estruturais seriam medidas que permitissem ao BC reduzir os juros sem colocar em risco o controle inflacionário, como um verdadeiro ajuste fiscal, que arrefecesse a expansão do gasto corrente, e estimulasse o investimento público. Mas estas, o governo parece desinteressado ou incapaz de promover.
Como disse um amigo, a estratégia econômica atual assemelha-se cada vez mais à do enxadrista improvisado: "Peça pra frente, que xadrez é sorte"!
Márcio G. P. Garcia, PhD por Stanford e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.
Um empresário racional que se defronte com dificuldades, em vez de se esforçar para reduzir custos ou investir para aumentar a produtividade, logo perceberá ser mais lucrativo juntar-se a um lobby para extrair benesses em Brasília ou na avenida Chile. Não chega a ser surpreendente que isso venha ocorrendo.
Confesso que até mesmo eu acho monótona a repetição do argumento de que as reformas estruturais (previdenciária, tributária, trabalhista) precisam voltar a ser prioridade. Mas nem mesmo o modesto projeto de limitar o crescimento real da folha salarial do setor público sai da gaveta do deputado relator, que alega que não o fará até a presidente afirmar que a medida é, de fato, prioritária.
Há indicações cada vez mais evidentes de que a política econômica carece de visão coerente de longo prazo. Por exemplo, ao justificar as decisões do recente pacote, o ministro do Desenvolvimento declarou que "o governo está conjugando medidas estruturais, como é o caso da redução sistemática da taxa de juros, com medidas conjunturais..." (Valor Econômico, 23/5/2012, pág. A3). Tal declaração contém dupla impropriedade. Primeiro, porque atribui a redução dos juros à suposta agenda de medidas estruturais do governo, enquanto deveria ser responsabilidade autônoma do BC, a se crer nas declarações da presidente Dilma e do presidente do BC. Segundo, e mais importante, porque alterações da taxa de juros são, por definição, medidas anticíclicas e, portanto, conjunturais. Estruturais seriam medidas que permitissem ao BC reduzir os juros sem colocar em risco o controle inflacionário, como um verdadeiro ajuste fiscal, que arrefecesse a expansão do gasto corrente, e estimulasse o investimento público. Mas estas, o governo parece desinteressado ou incapaz de promover.
Como disse um amigo, a estratégia econômica atual assemelha-se cada vez mais à do enxadrista improvisado: "Peça pra frente, que xadrez é sorte"!
Márcio G. P. Garcia, PhD por Stanford e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
International Conference On Applied Economics (ICOAE 2012)
Em junho estarei participando de uma conferência sobre economia aplicada.
http://kastoria.teikoz.gr/icoae/wp-content/uploads/articles/2012/05/Prov.programm_16_5_2012.pdf
http://kastoria.teikoz.gr/icoae/
http://kastoria.teikoz.gr/icoae/wp-content/uploads/articles/2012/05/Prov.programm_16_5_2012.pdf
http://kastoria.teikoz.gr/icoae/
segunda-feira, 21 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
MODELO DE INFORMAÇÃO IMPERFEITA DE LUCAS
O modelo de informação
imperfeita de Lucas apresenta como conclusão que a autoridade monetária teria
incentivo para indicar uma política monetária e não cumpri-la. Assim, ocorrendo
diferença da expectativa dos agentes e da política realmente implementada – (m-E[m])
- o produto cresceria no curto prazo. Contudo, os agentes aprenderiam com o
tempo, e essa “artimanha” não seria possível no longo prazo.
Nos últimos anos a meta
de inflação do Brasil tem sido de 4,5%, entretanto o IPCA ficou acima do centro
da meta em 2010 (5,91%) e 2011 (6,50%), e o boletim focus (4/5/2012) espera que
o IPCA fique em 2012 e 2013 em 5,12% e 5,56%, respectivamente. Ficando,
novamente, acima do centro da meta. Considerando o modelo do Lucas (apresentado
abaixo) e as informações acima: A autoridade monetária brasileira está
divulgando uma meta de inflação, e trabalhando com outro valor internamente? E
na medida que os agentes aprenderem o “jogo” essa estratégia somente terá
impacto no nível geral de preços?
MODELO
DE INFORMAÇÃO IMPERFEITA DE LUCAS
Consideremos o caso em
que o produtor observa o preço do bem, mas não o nível geral de preços.
Comportamento
do Produtor
Escrevendo o preço do
bem i como:
pi = p + (pi – p) = p + ri (1)
onde ri = pi - p é o preço relativo do bem i. p é o nível geral de preços.
Os indivíduos gostariam de basear
sua decisão de produção apenas considerando ri. Contudo, não consegue
observar ri, mas consegue estima-lo dado a observação de pi. Neste ponto, Lucas
faz duas observações simplificadoras. Primeiro, os indivíduos buscam
expectativas de ri dado pi, e então produz tanto quanto ele produziria caso
estivesse certo. Então a oferta de trabalho do indivíduo i fica:
li = (1/(alfa-1)).E[ri|pi] (2)
onde alfa é a
elasticidade entre trabalho e lazer.
Segundo e mais
importante, Lucas assume que o produtor encontra a expectativa de ri dado pi
racionalmente. Isto é, E[ri|pi] é assumido ser a verdadeira expectativa de ri
dado pi e dado a atual articulação da distribuição das duas variáveis.
Com isso,
E[ri|pi] = alfa +
beta.pi (3)
para encontramos a
estimativa de (3) devemos supor que:
1.
ri dado pi tem distribuição conjunta (E[E[ri|pi]]
=[ri]);
2.
ri e psão normalmente distribuídos e
independentes (COV(ri,p)=0);
3.
pi = p + ri, então E[pi] = E[p] + E[ri];
4.
E[ri]=0;
5.
Variâncias de ri e p são Vr e Vp,
respectivamente.
Beta = COV(ri,pi)/VAR(pi)
VAR(pi) = VAR(p + ri) = Vp + Vr + 2 COV(ri,p)
= Vp + Vr
VAR(pi) = Vp + Vr (4)
VAR(p) = VAR(pi – ri) =
VAR(pi) +Vr – 2 COV(ri,pi)
Assim,
COV(ri,pi) = (VAR(pi) +
Vr – Vp)/2
como, VAR(pi) = Vp + Vr
, temos:
COV(ri,pi) = (Vp + Vr+
Vr-Vp)/2 = Vr
COV(ri,pi) = Vr
(5)
Dessa forma, usando (4)
e (5), chegamos:
beta = Vr/(Vr+Vp) (6)
Ainda, precisamos
encontrar o estimador de alfa:
alfa = E[ri] – beta.E[pi]
usando (6), chegamos:
alfa =
-(Vr/(Vr+Vp)).E[p]
(7)
Com (6) e (7), chegamos
a equação:
E[ri|pi] = -(Vr/(Vr+Vp)).E[p]+
(Vr/(Vr+Vp)).pi (8)
Substituindo (8) em
(2), resulta em:
li = (1/(alfa-1)). (Vr/(Vr+Vp)).(pi
– E[p])
Chegamos na oferta de
trabalho do indivíduo i:
li = b.(pi – E[p])
(9)
onde: b = (1/(alfa-1)).
(Vr/(Vr+Vp))
Assumindo que a média
de pi seja p, e que y = li (trabalho é o único insumo dessa economia).
Encontramos a equação para o produto total.
y = b.(p – E[p])
(10)
Esse é a curva de
oferta de Lucas. Ela afirma que o desvio do produto do seu nível normal é
função crescente de uma surpresa no nível geral de preços.
Equilíbrio
Combinando a curva de
oferta de Lucas e a equação da demanda agregada,y = m - p, onde m é a oferta
monetária. E resolvendo para y e p,
obtemos:
p = (1/(1+b)).m +
(1/(1+b)).E[p]
(11)
y = (b/(1+b)).m –(b/(1+b)).
E[p] (12)
Assumido, que E[p] =
E[m], e m = E[m] + (m – E[m]), podemos reescrever (11) e (12):
p = E[m] + (1/(1+b)).(m – E[m])
(13)
y = (b/(1+b)).(m –
E[m]) (14)
As equações (13) e (14)
mostram as implicações chaves do modelo: o componente da demanda agregada que é
observado, E[m], afeta somente o nível geral de preços. Já o componente que não
é observado, (m – E[m]), afeta o nível geral de preços e o
produto.
REGRESSÃO MQO - MATLAB
Segue abaixo rotina em Matlab para regressao usando MQO.
% Regressao usando o Metodo dos Mínimos Quadrados Ordinarios (MQO)
% Elaborado por Celso Jose Costa Junior
% Os dados de entrada sao: variavel dependente (vetor y); e variavel
% independente (matriz x).
% exemplo: y = [y1; y2;...;yn]
% x = [x21 x31 ... xk1; x22 x32 ... xk2; ... ;x2n x3n ... xkn]
function [beta, F, R2, t] = mqo (y,x)
% Recebe o numero de linhas (l) e de colunas (c) de x
[l,c] = size(x);
% Acrescente a primeira coluna unitaria na matriz x
c2 = c + 1;
x2 = ones(l,c2);
k = 1;
for i = 1:l
for j = 2:c2
x2(i,j) = x(i,k);
k = k +1;
end
k = 1;
end
% Encontre os parametros betas
beta = inv(x2'*x2)*(x2'*y);
% Prepare a tabela ANOVA
ye = x2*beta;
residuo = y - ye;
y2 = y - mean(y);
SQR = residuo'*residuo; % Soma dos quadrados dos residuos
SQT = y2'*y2; % Soma dos quadrados totais
SQE = SQT - SQR; % Soma dos quadrados explicados
gl_E = c2 - 1; % Graus de liberdade dos explicados
gl_R = (l - 1) - gl_E; % Graus de liberdade dos residuos
MQE = SQE/gl_E;
MQR = SQR/gl_R;
F = MQE/MQR;
R2 = SQE/SQT;
%Encontre as estatisticas t dos parametros betas
variancia = MQR*(inv(x2'*x2));
for i=1:c2
t(i,1) = beta(i,1)/(variancia(i,i))^0.5;
end
% Regressao usando o Metodo dos Mínimos Quadrados Ordinarios (MQO)
% Elaborado por Celso Jose Costa Junior
% Os dados de entrada sao: variavel dependente (vetor y); e variavel
% independente (matriz x).
% exemplo: y = [y1; y2;...;yn]
% x = [x21 x31 ... xk1; x22 x32 ... xk2; ... ;x2n x3n ... xkn]
function [beta, F, R2, t] = mqo (y,x)
% Recebe o numero de linhas (l) e de colunas (c) de x
[l,c] = size(x);
% Acrescente a primeira coluna unitaria na matriz x
c2 = c + 1;
x2 = ones(l,c2);
k = 1;
for i = 1:l
for j = 2:c2
x2(i,j) = x(i,k);
k = k +1;
end
k = 1;
end
% Encontre os parametros betas
beta = inv(x2'*x2)*(x2'*y);
% Prepare a tabela ANOVA
ye = x2*beta;
residuo = y - ye;
y2 = y - mean(y);
SQR = residuo'*residuo; % Soma dos quadrados dos residuos
SQT = y2'*y2; % Soma dos quadrados totais
SQE = SQT - SQR; % Soma dos quadrados explicados
gl_E = c2 - 1; % Graus de liberdade dos explicados
gl_R = (l - 1) - gl_E; % Graus de liberdade dos residuos
MQE = SQE/gl_E;
MQR = SQR/gl_R;
F = MQE/MQR;
R2 = SQE/SQT;
%Encontre as estatisticas t dos parametros betas
variancia = MQR*(inv(x2'*x2));
for i=1:c2
t(i,1) = beta(i,1)/(variancia(i,i))^0.5;
end
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